
Famílias celebram reencontro com jovens resgatadas enquanto Israel exige provas de vida de outra refém ainda detida.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Neste sábado, 25, quatro militares israelenses que estavam sob o controle do Hamas por 477 dias foram libertadas como parte de um acordo de troca de reféns. Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram sequestradas em 7 de outubro de 2023, durante um ataque à base militar de Nahal Oz, no sul de Israel. O reencontro das jovens com suas famílias ocorreu em uma base militar próxima a Re’im e marcou um momento de grande emoção, registrado em imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
O retorno das reféns foi recebido com alegria e alívio. Em uma das cenas captadas, Liri Albag aparece sorrindo com os pais em um helicóptero da Força Aérea Israelense, onde escreveu em um quadro branco:
“Estou de volta”, em inglês, cercada por palavras de agradecimento e desenhos de sorrisos.
Karina Ariev e sua família também celebraram o reencontro, mas destacaram a importância de continuar a pressão internacional para a libertação de outros reféns ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas. “Estamos emocionados e gratos, mas nossos corações estão com os que ainda estão lá”, declararam, em solidariedade à família de Agam Berger, sequestrada no mesmo ataque de 2023 e que permanece detida.
Negociações continuam para a libertação de mais reféns
Além das militares libertadas, o Hamas informou que no próximo sábado (1) pretende liberar Arbel Yehud, uma refém civil que deveria ter sido incluída no mesmo grupo de resgate, mas cuja soltura foi adiada. O governo israelense, contudo, exigiu provas de vida de Yehud e suspendeu temporariamente o retorno de palestinos ao norte de Gaza até que sua libertação seja confirmada.
Esse resgate faz parte de um acordo maior, que envolve a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Segundo os termos, o Hamas libera entre 30 e 50 palestinos por cada refém israelense, além de uma interrupção temporária nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
A luta contra o terrorismo do Hamas e os desafios para Israel
O sequestro e a exploração de reféns pelo Hamas continuam a ser amplamente condenados como práticas desumanas e contrárias ao direito internacional. Organizações de direitos humanos e governos de diversas nações criticam a estratégia do grupo, que utiliza civis e militares israelenses como instrumentos de barganha política.
Enquanto celebra o retorno das quatro militares, Israel reafirma seu compromisso de garantir a libertação de todos os reféns, destacando os esforços diplomáticos e militares que têm sido feitos para enfrentar o terrorismo do Hamas.
Israel destacou que a libertação de reféns é uma prioridade nacional, mas também reforçou que a segurança do país não será comprometida.
A libertação das jovens reacendeu debates sobre os desafios de negociar com um grupo considerado terrorista por diversos países, incluindo Estados Unidos e União Europeia, e as implicações dessas trocas no cenário de tensão permanente entre Israel e o Hamas.
Esperança e solidariedade no meio do conflito
Apesar dos desafios, o resgate das militares trouxe um sentimento de esperança às famílias israelenses que ainda aguardam notícias de seus entes queridos. Para elas, o reencontro é um lembrete da força e resiliência diante da adversidade, enquanto clamam por ações que levem ao retorno seguro de todos os cidadãos sequestrados.
O caso das quatro jovens libertadas se soma a um histórico de práticas brutais do Hamas, que frequentemente utiliza civis como moeda de troca em um conflito marcado pela violência e desrespeito aos direitos humanos. Israel e a comunidade internacional permanecem atentos aos próximos passos, enquanto exigem que o grupo seja responsabilizado por suas ações e pressionam por um fim definitivo à crise humanitária gerada pelo terrorismo.
Leia mais
Deportados dos Estados Unidos causam tumulto em aeroporto de Manaus, Brasil
Butantan firma parceria com Universidade dos Estados Unidos para avançar em pesquisas sobre vacinas
Faça um comentário