
A Talents Sports, empresa de Paulo Pitombeira, move ações judiciais contra o clube por comissões e direitos de imagem não pagos. O Corinthians tenta resolver as pendências por meio do Regime Centralizado de Execuções.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A Talents Sports, empresa do agente Paulo Pitombeira, entrou com três processos na Justiça contra o Corinthians, somando um total de R$ 24,1 milhões. As ações são referentes a dívidas do clube com o empresário, que intermediaram as contratações de jogadores e do técnico, incluindo Lucas Veríssimo, Róger Guedes, Luan e Fábio Carille. O Corinthians também deve valores relacionados aos direitos de imagem de Luan. Os débitos envolvem as gestões dos presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Processos e valores
O processo principal, no valor de R$ 19,4 milhões, engloba as seguintes pendências:
- R$ 550 mil pela intermediação da contratação de Fábio Carille, em 2018. O valor total acordado foi de R$ 1,6 milhão, mas o Corinthians pagou parcialmente.
- R$ 4,4 milhões pela intermediação da contratação de Luan, em 2019.
- R$ 5,52 milhões pela intermediação da contratação de Róger Guedes, em 2021.
Em 2022, a dívida que inicialmente era de R$ 10,47 milhões foi repactuada em R$ 15,6 milhões, com um parcelamento em 12 vezes, sendo o último pagamento previsto para dezembro de 2024. No entanto, como o clube não cumpriu os pagamentos, o valor cresceu para R$ 19,4 milhões devido a multas e juros.
Além disso, há dois outros processos envolvendo:
- R$ 511 mil pela intermediação da contratação de Lucas Veríssimo, sendo o valor total de R$ 1,01 milhão, mas o Corinthians não precisará pagar a totalidade, já que o zagueiro se transferiu antes do fim do contrato para o Al-Duhail, do Catar.
- R$ 4,2 milhões referentes aos direitos de imagem de Luan. O acordo original era de R$ 3,5 milhões, mas o clube pagou apenas a primeira parcela, de R$ 233 mil. O valor aumentou com juros e multa.
Entendimento com o Corinthians
A medida judicial foi tomada de forma alinhada entre Paulo Pitombeira e a diretoria do Corinthians. O agente tem uma boa relação com a atual gestão, e a decisão de buscar a Justiça faz parte da estratégia para incluir o valor devido no Regime Centralizado de Execuções.
Este plano, que aguarda aprovação judicial, tem como objetivo permitir que o clube pague parte de sua dívida de forma parcelada ao longo dos próximos dez anos. A prática já foi adotada em outros casos, como os de empresários Giuliano Bertolucci e Will Dantas.
Posicionamento do Corinthians
O Corinthians, como é de praxe, evita comentar sobre processos judiciais em andamento. Caso o clube se manifeste oficialmente sobre o caso, a reportagem será atualizada com a posição da diretoria. A inclusão no Regime Centralizado de Execuções ainda está pendente de aprovação judicial.
A situação financeira do clube segue sendo um desafio para a gestão alvinegra, que tenta conciliar as pendências com o planejamento a longo prazo.
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