
Uso de novas tecnologias e mudanças no regulamento reduzem impactos e ajudam a proteger os jogadores, enquanto a liga estuda novas estratégias para a próxima temporada.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A temporada de 2024 da NFL trouxe uma excelente notícia para a segurança dos jogadores: o número de concussões despencou para 182 casos, o menor desde 2015. A redução de 17% em relação ao ano anterior confirma que as novas estratégias adotadas pela liga estão funcionando. O levantamento inclui tanto os jogos oficiais quanto os treinos de pré-temporada.
A implantação de capacetes de alta tecnologia e dos Guardian Caps, uma camada extra de proteção que reduz o impacto dos choques, foi um dos grandes avanços. Essa tecnologia se tornou um aliado essencial na prevenção de lesões e já está fazendo diferença em campo.
Outra mudança importante foi a introdução da nova regra do kickoff dinâmico. Essa alteração impulsionou um aumento de 53% nos retornos de chute e reduziu a velocidade média dos jogadores, diminuindo significativamente os impactos em alta intensidade. Com o novo regulamento, apenas o kicker e dois retornadores podem se movimentar antes de a bola tocar o solo ou ser recebida, reduzindo as colisões violentas.
O diretor médico da NFL, Allen Sills, destacou a importância desses avanços e reforçou o compromisso da liga com a segurança dos atletas.
“Os números mostram um progresso real na redução de concussões e outras lesões. Seguiremos investindo em pesquisas e melhorias para tornar o esporte cada vez mais seguro”, afirmou.
Para as próximas temporadas, a liga avalia novas medidas, como a proibição de tackles com queda de quadril e a manutenção da restrição de contatos evitáveis com a cabeça.
As concussões são um problema recorrente no futebol americano, podendo levar a doenças graves, como a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma condição degenerativa que compromete as funções cerebrais a longo prazo.
A preocupação com lesões cerebrais também atinge outros esportes. Em setembro de 2024, a Fifa e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram uma campanha global de conscientização sobre os riscos de concussões no futebol. O zagueiro David Luiz, à época no Flamengo, foi um dos embaixadores da iniciativa.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou a necessidade de um amplo debate sobre o impacto das concussões nos atletas.
“Essa é uma questão de saúde pública global. Precisamos de mais conscientização e ações concretas para proteger os jogadores em todas as modalidades esportivas”, afirmou.
Com os avanços registrados na NFL e a crescente mobilização das entidades esportivas, o futuro promete ser mais seguro para atletas de todo o mundo.
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