Síndrome de Asperger: por que o termo não é mais utilizado?

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Mudanças no diagnóstico e atualização na CID-11 reformulam a abordagem do TEA.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O termo Síndrome de Asperger deixou de ser utilizado oficialmente a partir de 2013, quando o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição) unificou os diferentes transtornos do espectro autista (TEA) sob um único diagnóstico, eliminando categorias como Autismo Clássico, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e Asperger. Agora, as variações dentro do espectro são descritas em níveis de suporte necessários.

Mudanças na CID-11

A Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entrou em vigor em 2022, seguiu essa reformulação e não inclui mais a Síndrome de Asperger como um diagnóstico separado. Em vez disso, todo o espectro autista é classificado no código 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Essa mudança tem como objetivo permitir diagnósticos mais precisos e intervenções personalizadas.

Como era a classificação no DSM-5?

Anteriormente, o TEA era classificado em três níveis de suporte:

  • Nível 1: Necessita de pouco suporte (equivalente ao antigo Asperger).
  • Nível 2: Necessita de suporte moderado.
  • Nível 3: Necessita de suporte substancial.

Como ficou na CID-11?

Agora, o TEA é subdividido de acordo com a presença ou ausência de deficiência intelectual e a funcionalidade da linguagem, conforme os seguintes códigos:

  • 6A02.0: TEA sem deficiência intelectual e sem comprometimento significativo da linguagem funcional.
  • 6A02.1: TEA com deficiência intelectual, mas sem comprometimento significativo da linguagem funcional.
  • 6A02.2: TEA sem deficiência intelectual, mas com prejuízo na linguagem funcional.
  • 6A02.3: TEA com deficiência intelectual e comprometimento da linguagem funcional.
  • 6A02.5: TEA com deficiência intelectual e ausência total de linguagem funcional.
  • 6A02.Y: Outro TEA especificado.
  • 6A02.Z: TEA não especificado.

Por que o termo foi abandonado?

  1. Critérios diagnósticos pouco consistentes – Estudos demonstraram que não havia uma distinção clara entre Asperger e outras formas de TEA, tornando difícil um diagnóstico preciso.
  2. Unificação no Transtorno do Espectro Autista – A abordagem atual permite diagnósticos mais detalhados e individualizados.

Impacto da mudança

Embora o termo Síndrome de Asperger ainda seja usado informalmente, especialmente por comunidades e indivíduos diagnosticados antes das mudanças, o diagnóstico médico agora é feito dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A nova abordagem amplia a compreensão sobre o espectro, garantindo suporte mais adequado às necessidades de cada indivíduo.

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