Casos de sarampo no Texas (EUA) aumentaram em 25, totalizando 223 casos; surto é um dos maiores registrados no país na última década.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Departamento de Saúde do Texas anunciou um aumento de 25 novos casos de sarampo nos últimos cinco dias, elevando o total para 223 até esta terça-feira (11). Esse surto, um dos maiores registrados nos Estados Unidos na última década, está se espalhando rapidamente.
Inicialmente identificado no oeste do Texas, no final de janeiro, o surto já alcançou outras regiões do estado e chegou ao Novo México. O aumento alarmante de casos resultou na primeira morte relacionada ao sarampo nos EUA em dez anos, segundo as autoridades de saúde.
Risco subestimado e impacto na vacinação
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) havia considerado o risco de disseminação baixo, confiando nos programas de imunização e resposta rápida do sistema de saúde. No entanto, a atual escalada de casos revela falhas na cobertura vacinal e reforça a necessidade de ampliar as campanhas de imunização.
A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continua sendo a principal forma de proteção, com eficácia de 97%. Embora seus efeitos colaterais sejam geralmente leves, como febre e erupção cutânea, especialistas alertam que o risco de complicações graves do sarampo supera em muito os raros efeitos adversos da vacina.
O sarampo é altamente contagioso e sua propagação se intensifica quando a taxa de vacinação fica abaixo de 95%. Médicos explicam que, em uma sala com 10 pessoas não vacinadas, se uma estiver infectada, outras nove também contrairão a doença.
Teste para a gestão de saúde nos EUA
O surto também representa um desafio para Robert F. Kennedy Jr., recém-nomeado secretário de Saúde dos EUA, que tem um histórico de ceticismo em relação às vacinas. Kennedy defende a vacinação como uma “escolha pessoal” e já sugeriu que nutrição e vitaminas podem ser alternativas à imunização—a abordagem será colocada à prova diante da atual crise de saúde pública.
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