
Medida busca reduzir desigualdades regionais na oferta de especialistas, qualificar a formação médica e garantir maior acesso da população ao atendimento especializado pelo SUS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Com o objetivo de fortalecer a rede pública de saúde e diminuir os vazios assistenciais no país, o Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (13) um novo edital que visa fomentar a criação de programas de residência médica e multiprofissional em áreas estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta pretende incentivar instituições públicas e privadas a oferecerem novos programas de residência em regiões que apresentam menor cobertura de profissionais especializados.
As inscrições estarão abertas entre os dias 19 e 30 de maio de 2025, por meio da plataforma UNA-SUS. Terão prioridade no processo seletivo as instituições com infraestrutura adequada, articulação com a rede local do SUS e compromisso com uma formação de qualidade. A seleção também irá beneficiar localidades com maior vulnerabilidade social e escassez de especialistas por habitante, especialmente aquelas que ainda não contam com programas de residência.
Entre as especialidades contempladas estão ginecologia e obstetrícia, pediatria, neonatologia, medicina intensiva pediátrica, cardiologia, oftalmologia, cirurgia oncológica e radioterapia, áreas consideradas prioritárias para garantir uma assistência de qualidade à população.
A iniciativa surge como resposta aos dados do estudo Demografia Médica 2025, que escancarou desigualdades na distribuição de especialistas pelo Brasil. O levantamento mostrou que o Sudeste concentra 55,4% dos médicos especialistas, enquanto o Norte tem apenas 5,9%.
Como principal financiador de bolsas de residência no país, o Ministério da Saúde tem investido fortemente na formação especializada. Apenas nos anos de 2023 e 2024, foram destinados quase R$ 3 bilhões à formação de residentes em áreas médicas e multiprofissionais. O objetivo é promover uma prática de saúde mais equitativa, humanizada e voltada à cidadania.
A expectativa é que a ampliação da oferta de residências ajude a reduzir o tempo de espera por atendimento e promova um sistema de saúde mais justo, especialmente para as populações em situação de maior vulnerabilidade.
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