
Ação integrada das forças de segurança cumpre dezenas de mandados e bloqueia mais de R$ 1,4 bilhão em ativos de empresas suspeitas ligadas ao crime organizado.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Na manhã desta terça-feira (10), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Santa Catarina (FICCO/SC) realizou uma grande ofensiva contra o crime estruturado, deflagrando a Operação Colapso. A ação teve como foco a desarticulação de grupos criminosos especializados no tráfico de drogas e em sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro que atuavam em Santa Catarina e outros três estados brasileiros.
Foram cumpridos 38 mandados de prisão preventiva e 48 ordens de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, Criciúma, São José, Palhoça, Lauro Müller e Araranguá (SC), além de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). Durante a operação, também foi determinado pela Justiça o bloqueio de valores expressivos: cerca de R$ 7 milhões de contas bancárias ligadas a 44 pessoas físicas e aproximadamente R$ 1,4 bilhão em ativos de 25 empresas investigadas. As atividades comerciais dessas empresas foram suspensas por decisão da Vara Regional de Garantias da Comarca de Criciúma (SC).
As investigações começaram em setembro de 2024, quando movimentações suspeitas de veículos nas rodovias catarinenses levantaram suspeitas das forças policiais. A partir dessas informações iniciais, os agentes identificaram um esquema de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro envolvendo diversas pessoas e empresas. Até o momento, a operação resultou na apreensão de 491 quilos de cocaína e na retenção de R$ 623 mil em espécie, além da prisão em flagrante de dez suspeitos durante as etapas preliminares da apuração.
A ofensiva desta terça-feira representa um dos maiores golpes já desferidos contra organizações criminosas no sul do país, devido ao volume financeiro movimentado pelas quadrilhas e à complexidade das transações comerciais e bancárias utilizadas para ocultar a origem ilícita dos recursos.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SC) é composta por agentes da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Penal de Santa Catarina. O trabalho conjunto dessas instituições visa o enfraquecimento das redes criminosas por meio da atuação simultânea em diversas frentes: combate ao tráfico de entorpecentes, repressão à lavagem de capitais e bloqueio de patrimônio adquirido de forma ilícita.
As investigações continuam e novas fases da Operação Colapso não estão descartadas, segundo fontes da PF. O objetivo é identificar outros envolvidos no esquema e ampliar o confisco de bens relacionados às atividades criminosas.
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