Trump ordena envio de 700 fuzileiros a Los Angeles para conter distúrbios contra a política migratória

Os protestos em Los Angeles contra a política migratória do governo federal chegaram ao quarto dia nesta segunda-feira, provocando caos na segunda maior cidade dos Estados Unidos.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Nesta segunda-feira (9), no quarto dia de protestos em Los Angeles-CA contra a política migratória do governo, o presidente Donald Trump ordenou o envio de 700 militares do Corpo de Fuzileiros Navais e mais 2 mil soldados da Guarda Nacional para a cidade. O objetivo é conter os distúrbios derivados dos protestos contra as operações migratórias do governo federal.

Uma fonte da Casa Branca disse que os fuzileiros vão combater atos de vandalismo. “À luz das ameaças crescentes contra agentes e prédios federais, 700 fuzileiros navais americanos da ativa de Camp Pendleton (uma base situada ao sul da cidade), serão destacados em Los Angeles”, informou.

Iniciados sexta-feira (6), os confrontos entre autoridades e manifestantes se intensificaram na segunda maior cidade dos Estados Unidos na noite de domingo (8), transformando a área central da metrópole em um cenário de guerra, com viaturas policiais incendiadas, vandalismo em prédios e disparos de fogos de artifício contra agentes de segurança.

Divergências entre Trump e governador da Califórnia

Trump mobilizou a Guarda Nacional pela primeira vez em seis décadas, culpando “insurrecionistas” e “agitadores profissionais” pelos distúrbios em Los Angeles. Ele chegou a sugerir publicamente a prisão do governador da Califórnia, Gavin Newsom.

Ontem, ao responder à pergunta de um repórter se achava que o responsável pela segurança fronteiriça, Tom Homan, deveria prender Newsom, o presidente afirmou sem titubear que isso deveria ser feito. “Eu faria isso se fosse Tom”, declarou.

“Eu gosto de Gavin Newsom. Ele é um cara legal, mas é extremamente incompetente. Todo mundo sabe disso. Basta olhar para a pequena ferrovia que ele está construindo”, emendou o presidente.

O governador criticou a decisão de Trump de enviar fuzileiros a Los Angeles e o chamou de ditador. “Os fuzileiros navais dos Estados Unidos serviram honoravelmente em múltiplas guerras em defesa da democracia. Eles não deveriam ser mobilizados em solo americano, enfrentando seus próprios compatriotas”, escreveu no X.

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