No Brasil, PF captura hackers responsáveis por invasão a sites de tribunais de Justiça

Operação Timeout prendeu dois suspeitos e apreendeu equipamentos utilizados em crimes virtuais que afetaram órgãos do governo e empresas estatais.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (10), uma ação contra um grupo criminoso especializado em ataques cibernéticos a plataformas digitais de órgãos públicos e empresas privadas. A chamada Operação Timeout cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e resultou na prisão de dois investigados nas regiões de São Paulo, Paraná e Distrito Federal.

De acordo com as autoridades, os alvos faziam parte de uma estrutura criminosa dedicada à realização de ataques do tipo negação de serviço (DDoS), técnica que sobrecarrega servidores para provocar a interrupção de serviços essenciais prestados à sociedade. As invasões comprometeram o funcionamento de sistemas de instituições públicas, universidades e empresas estatais.

A Polícia Federal identificou que o principal responsável pelos ataques utilizava redes virtuais privadas (VPNs) e servidores no exterior para ocultar sua localização real, dificultando o rastreamento de suas ações ilegais. Além disso, o grupo divulgava na deep web mensagens assumindo a autoria dos crimes e oferecia instruções para outros criminosos sobre como burlar sistemas de segurança cibernética.

Os suspeitos também foram flagrados em fóruns clandestinos, onde negociavam dados pessoais obtidos de forma ilícita e promoviam atividades relacionadas à violação de dispositivos informáticos.

A operação integra um esforço contínuo da Polícia Federal para reprimir crimes cibernéticos praticados por organizações que ameaçam a integridade de redes governamentais e privadas. As investigações revelaram que os hackers atuavam de forma articulada, com o uso de ferramentas avançadas para ocultação de identidade digital.

Os presos poderão responder judicialmente por crimes como invasão de dispositivos eletrônicos, associação criminosa, interrupção ou perturbação de serviço telemático e divulgação indevida de dados sigilosos. As penas previstas somam mais de uma década de reclusão, além de multas.

As autoridades responsáveis informaram que as investigações prosseguem, com o objetivo de identificar outros envolvidos no esquema e aprofundar a análise de materiais apreendidos.

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