Persiste a Busca por Desaparecidos Após Terremoto na China

Imagem meramente ilustrativa.

 

Autoridades enfrentam desafios climáticos e logísticos enquanto comunidades buscam respostas e esperança.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Pequim – Uma dúzia de indivíduos ainda permanece desaparecida na esteira de um terremoto de magnitude 6,2 que atingiu o noroeste da província de Gansu na noite dessa segunda-feira (18). Enquanto autoridades chinesas afirmam ter encerrado as operações de busca e resgate em tempo recorde, questionamentos surgem online, levantando dúvidas sobre a eficiência do processo diante das baixas temperaturas.

Efeitos do terremoto no município de Jishishan, localizado na província de Gansu. Foto: Agência AFP.
Até as 15h00 de terça-feira (19), 113 mortes e 782 feridos foram registrados em Gansu, enquanto Qinghai contabiliza 22 mortos, 198 feridos e 12 desaparecidos até as 20h56 de quarta-feira. Mais de 207 mil casas foram destruídas, afetando mais de 145 mil pessoas.
O epicentro do terremoto está localizado aproximadamente a 1.600 km da capital Pequim, conforme registrado pela agência de notícias Pedro Pardo/AFP.

A rapidez com que as operações de resgate foram concluídas em Gansu despertou a curiosidade online, com internautas sugerindo que as temperaturas extremamente baixas podem ter reduzido o “período dourado” para encontrar sobreviventes. Discussões online destacam o risco de hipotermia rápida para aqueles presos sob os escombros em temperaturas abaixo de -10°C, o que pode limitar a janela de sobrevivência para apenas algumas horas.

Enquanto alguns questionam a eficácia do resgate em meio às condições climáticas adversas, outros apontam para fatores como a área de busca relativamente restrita e a localização de todas as pessoas afetadas. A maioria das vítimas pertence à etnia Hui, minoria étnica concentrada no oeste da China.

Em decorrência do terremoto em Dahejia em 19/12/2023, equipes de resgate transportam uma vítima. (Foto da AFP) / CHINA OUT

As equipes de resgate retiraram várias vítimas para locais seguros, mas os sobreviventes agora enfrentam incertezas durante os meses de inverno, sem abrigo permanente. Danos significativos em infraestruturas essenciais, como estradas e linhas de energia, agravam ainda mais a situação, enquanto deslizamentos de terra e lama em Qinghai complicam os esforços de busca pelos desaparecidos.

Moradores desabrigados em Gansu recebem tendas como ajuda após o terremoto. Foto: Chinatopix via AP.

O desafio persistente é conciliar a urgência do resgate com as complexidades impostas pelo clima rigoroso e os danos generalizados, deixando comunidades locais em um estado de vulnerabilidade diante das adversidades climáticas e da incerteza sobre o futuro imediato.

Entenda o que Aconteceu

Na noite de segunda-feira, uma onda de terror varreu a cidade de Linxia, na remota província de Gansu, China. Nesse momento crítico, uma filmagem de circuito fechado obtida pela Reuters capturou cenas angustiantes em um restaurante local. Clientes que desfrutavam de uma noite tranquila foram subitamente envolvidos pelo caos, correndo desesperadamente em direção à saída enquanto um terremoto de magnitude 6,2 sacudia o condado de Jishishan.

O vídeo, autenticado pela Reuters, revela a intensidade dos tremores e o pânico que se seguiu. A cidade, situada a aproximadamente 52 km do epicentro, testemunhou um momento de desespero sincronizado com o abalo sísmico que ocorreu às 23h59 (hora local), a uma profundidade de 10 km, conforme relatado pelo China Earthquake Networks Center (CENC).

A confirmação da autenticidade do vídeo, por meio da correspondência da decoração interior, sinalização e edifícios próximos, acrescenta uma dimensão visual impactante aos eventos trágicos que marcaram aquela fatídica noite.

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