Aumento da tensão após ataque israelense a consulado na Síria
Por Carla Pereira/GNEWSUSA
O cenário de tensão entre o Irã e Israel se intensificou após um ataque israelense a um consulado iraniano na Síria, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo um general. Em resposta, o Irã disparou drones em direção a Israel.
O Irã possui o segundo maior contingente de tropas do Oriente Médio, com um contingente militar de 650 mil pessoas e a Guarda Revolucionária, uma divisão importante das forças armadas iranianas, é responsável por 190 mil combatentes. Israel, por sua vez, tem 177,5 mil militares ativos, mas este número não inclui os reservistas que são convocados em situações de conflito.
Israel é o único país da região que possui armas nucleares, segundo a Federação dos Cientistas Americanos, embora o governo israelense não reconheça possuir bombas. Por outro lado, o Irã tem enriquecido urânio a um nível próximo do necessário para a criação de uma bomba nuclear, mas não há indícios de que o país possua ogivas nucleares.
A situação é ainda mais complexa devido à guerra em andamento entre Israel e o grupo Hamas, que já resultou em mais de 33 mil mortes. Além disso, o Irã tem desempenhado um papel oculto no conflito, patrocinando o Hamas e outros grupos no Oriente Médio.
O governo iraniano tem desempenhado um papel oculto na guerra. Oficialmente, critica a violência empregada por Israel na Faixa de Gaza. Extraoficialmente, patrocina o Hamas, que tem cerca de 20 mil combatentes e que luta em seu lugar por meio de uma “guerra por procuração”.
A força militar de um Estado não é apenas uma questão de números, mas também envolve a capacidade industrial de armamentos, a capacidade tecnológica militar, e a quantidade de tanques, aviões e porta-aviões, por exemplo. Esses fatores são parte do cálculo do jogo de poder regional.
O relatório do IISS mostra ainda que o Egito é o país com maior contingente militar no Oriente Médio com mais de 835 mil pessoas. No entanto, o país não é tão influente na região quanto Arábia Saudita e Irã, países que contam com mais tecnologia militar, têm melhor desenvolvimento armamentista e são grandes exportadores de petróleo.
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