Grupo de Brasileiros perdem aproximadamente meio milhão de dólares em “Bolão” em Massachusetts

Grupo de amigos brasileiros nos EUA, enganados em golpe de consórcio, sofrem com desespero e perdas significativas após investimento de aproximadamente meio milhão de dólares.
Por Redação| GNEWSUSA

Em uma entrevista coletiva concedida ao repórter investigativo Thathyanno Desa, CEO do GNEWSUSA e GN USA WEBTV, um grupo de brasileiros relatou o drama que viveram após descobrirem que haviam caído em um golpe. Este golpe resultou numa perda de aproximadamente meio milhão de dólares.

O golpe começou quando um grupo de amigos brasileiros, todos em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos, se uniu em um consórcio intitulado “Bolão”. Infelizmente, essa iniciativa acabou se transformando em um golpe financeiro, resultando em perdas estimadas em aproximadamente meio milhão de dólares para o grupo. A responsável pelo consórcio, Priscila Kamilla Pereira Sousa, desapareceu sem deixar rastros, deixando os brasileiros em Massachusetts em um estado de desespero e prejuízo financeiro alarmante.

O “Bolão” funcionava da seguinte forma: os participantes eram divididos em grupos de diferentes valores, como 6 mil, 10 mil e 35 mil dólares. Cada membro contribuía com uma quantia semanal ou quinzenal, dependendo do grupo, até quitar o valor total. Kamilla, como responsável pelo grupo, era a primeira a receber os pagamentos.

No entanto, quando chegava a vez de um membro receber, Kamilla entrava em contato e solicitava que a pessoa trocasse de lugar com outro participante, alegando urgência. Prometendo uma gratificação de mil dólares por parte do beneficiado, ela adiava constantemente o pagamento para cada membro do grupo, explicou uma das participantes do consórcio.

Os pagamentos eram realizados em espécie e deixados na caixa de correio da casa de Kamilla. Algumas pessoas fizeram transferências diretamente para ela, enquanto outras foram feitas em nome de Elizabeth da Silva, suposta mãe de Kamilla.

“Ela tinha uma caixinha de correio na porta, onde tinha um envelope, caneta, onde a gente chegava, colocava o dinheiro, colocava o nome da gente, qual era o valor e, no meu caso, era $400 por semana, e colocava dentro da caixinha de correio.

E eu sempre paguei em cash. Eu paguei $12.800 e vendi para ela a pedra que ela fazia, que depois nós descobrimos que as pedras eram fantasmas, que ela falava que tinha alguém querendo comprar a pedra, mas no final nós descobrimos que ela era a pessoa que estava comprando”, disse uma das participantes do consórcio.

Muitos participantes do consórcio nunca chegaram a vê-la pessoalmente, mantendo apenas contato por mensagens e ligações. Em relação às provas, os participantes do grupo informaram ao repórter investigativo Thathyanno Desa:

“Nós temos as filmagens feitas durante a entrega dos valores como prova. Além disso, há o registro da ocorrência policial”, mencionou uma das pessoas do grupo que também foi prejudicada com a situação envolvendo Kamilla.

“Eu tinha vontade de entrar num consórcio para conseguir um dinheiro para investir em alguma coisa, aí me indicaram, todo mundo falava que tinha muito tempo que ela (Priscila Kamilla) fazia consórcio e eu acreditei que era algo seguro”, lamentou uma participante do consórcio, refletindo sobre as perdas financeiras significativas enfrentadas pelo grupo de brasileiros em Massachusetts.

“A minha quantidade em relação às outras pessoas é bem pouca, e tem muitas pessoas que estão passando dificuldade muito grande por causa disso”, acrescentou outro membro do grupo, mostrando a amplitude das perdas financeiras entre os membros.

No entanto, Kamilla parou de responder às mensagens e atender às ligações. Preocupados, os membros do grupo foram informados por um parente proximo, que ela havia se mudado para Portugal, alegando ameaças e a necessidade de cuidar de sua saúde mental. Infelizmente, muitos participantes do consórcio não conseguiram recuperar o dinheiro investido, resultando em grandes prejuízos financeiros. Alguns participantes estavam envolvidos em mais de um “bolão”, o que resultou em perdas significativas para eles.

A situação foi decepcionante para todos os membros desses grupos. Muitos tinham planos e projetos para o dinheiro investido. Uma integrante do grupo “Bolão” também expressou tristeza em relação à situação:

“Eu espero receber meu dinheiro, entendeu? É só o que eu queria. No momento, eu gostaria de receber meu dinheiro. Se ela virasse para mim e falasse igual eu te falei, 31 mil, eu vou te dar mil por mês. Eu vou te dar 2 mil por mês. Pra mim, tudo bem. Entende? Eu tinha planos com o dinheiro, eu tinha…Sonhos, planos. Mas eu vou fazer o quê?… Eu acho, assim, que ela foi errada. E eu também fui errada de confiar meu dinheiro numa pessoa, né?…Fazer o quê?”

“Aí dizem agora que ela sumiu, que ela foi embora. Eu não sei se isso é verdade, se ela está sumida por aqui, ou escondida por aqui… Porque eu, de coração, eu não acredito que uma mãe que tem 3 filhos, que é casada, vai fugir pra outro país e vai deixar os filhos e o marido pra trás…Não tem muito cabimento”… concluiu uma das participantes do consórcio.

Após a apuração dos fatos relatados pelos participantes, o repórter investigativo Thathyanno Desa descobriu que Priscila Kamilla saiu dos Estados Unidos em 10 de abril de 2024, partindo de Boston para Nova York e, em seguida, de Nova York para Lisboa, utilizando o passaporte de Portugal.

Diante dessa situação, Thathyanno Desa tentou entrar em contato telefônico com Kamilla para ouvir o outro lado da história relatado por ela, porém não obteve sucesso, pois Kamilla não atendeu a ligação. O caso continua sendo investigado e novas atualizações serão postadas assim que houver novos fatos.

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