Integrantes do Partido dos Trabalhadores expressam preocupação diante do aumento da tensão entre Lula e o presidente da Câmara dos Deputados
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O Partido dos Trabalhadores (PT) encontra-se em estado de alerta diante da possibilidade de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, pautar o pedido de impeachment de Lula. Nos bastidores, membros do partido discutem dois motivos que intensificam esse receio.
O primeiro motivo é o crescente clima de tensão entre o governo de Lula e Arthur Lira, evidenciado nos últimos dias. O segundo é a falta de uma base sólida do Planalto na Câmara dos Deputados, o que aumenta a vulnerabilidade do presidente.
Caso Lira decida agir de forma mais agressiva, ele pode resgatar um dos 19 pedidos de impeachment já protocolados contra Lula na Casa Legislativa. O último pedido, liderado por Carla Zambelli, obteve o apoio de 140 deputados.
Apesar de alguns petistas acreditarem que Lira não iniciará uma ofensiva tão abrupta no momento, há a incerteza em relação ao futuro. Arthur Lira deixará a presidência da Câmara em fevereiro de 2025, e à medida que se aproxima o término de seu mandato, cresce a possibilidade de ele se irritar com questões não resolvidas junto ao governo.
Os pedidos de impeachment contra Lula já somam 19 protocolos. Os motivos são diversos, desde a reunião com o ditador venezuelano Nicolás Maduro no Brasil até declarações controversas durante conflitos internacionais, como a recente crítica a Israel em meio aos confrontos com o grupo terrorista Hamas.
Em uma de suas declarações mais polêmicas, Lula comparou a situação em Gaza ao Holocausto, o que gerou reações adversas tanto internacionais quanto domésticas. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, no trecho mais contundente da crítica a Israel.
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