Israel avança em negociações para cessar-fogo em Gaza

Netanyahu avança nas tratativas enquanto oposição interna tenta pressioná-lo.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Israel segue no comando das negociações sobre um cessar-fogo prolongado na Faixa de Gaza. O governo confirmou nesta quarta-feira (4) que enviará uma delegação ao Catar até o final da semana para discutir a segunda fase do acordo com o Hamas, que prevê a libertação de mais reféns israelenses. A iniciativa reforça o compromisso de Israel em garantir a segurança de sua população e resgatar os cidadãos mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem conduzido as tratativas de forma estratégica, em diálogo com altos representantes dos Estados Unidos. Antes de qualquer decisão final, ele convocará o gabinete de Segurança para avaliar os próximos passos do país diante do cenário atual.

Desde 19 de janeiro, está em vigor a primeira etapa do cessar-fogo, estabelecida por um período de 42 dias. Nesse período, 13 reféns israelenses já foram libertados, com a previsão de que mais 20 retornem para casa na próxima fase. Enquanto Israel age para trazer seus cidadãos de volta, o Hamas, que iniciou o conflito com um ataque brutal, tenta se posicionar como parte de uma solução, ao afirmar que está disposto a continuar as negociações.

Mesmo com o avanço das tratativas, há resistência dentro do governo. A ministra de Assentamentos e Missões Nacionais, Orit Strook, alertou para possíveis consequências políticas caso Netanyahu siga adiante com o acordo. “Se Netanyahu decidir seguir nessa direção desastrosa, então seu partido garantirá que o governo não continue a existir”, declarou ela à rádio do Exército israelense.

Em meio às conversas diplomáticas, o Hamas continua com sua estratégia de manipulação. O porta-voz do grupo, Hazem Qassem, acusou Israel de dificultar a entrega de ajuda humanitária, alegando que o governo israelense estaria bloqueando a entrada de suprimentos essenciais. Além disso, pediu a interferência de mediadores internacionais, numa tentativa de desviar a atenção do fato de que o próprio Hamas mantém civis como reféns e usa a população palestina como escudo humano.

Israel, por sua vez, segue comprometido com a defesa de sua soberania e com a recuperação de seus cidadãos sequestrados. As negociações continuarão nos próximos dias, mas Netanyahu já deixou claro que qualquer decisão levará em conta, antes de tudo, a segurança do país e de seu povo.

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