
Ex-meia do Vasco é acusado de causar sofrimento emocional à advogada Larissa Ferrari, com quem manteve um relacionamento extraconjugal.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou denúncia na última quarta-feira (18) contra o jogador francês Dimitri Payet por violência psicológica contra a advogada Larissa Ferrari. O caso, que havia sido inicialmente arquivado, voltou a tramitar após recurso apresentado pela defesa da vítima.
Segundo as investigações, o relacionamento entre Payet e Larissa teve início em setembro de 2024, após se conhecerem pelas redes sociais. Eles mantiveram um envolvimento até março deste ano. A relação começou de forma consensual, com trocas frequentes de mensagens e práticas íntimas combinadas entre o casal. No entanto, ao longo dos meses, o vínculo se deteriorou.
Larissa relatou que passou a sofrer emocionalmente devido ao envolvimento com o jogador, que era casado havia 18 anos. Conforme consta na denúncia, o comportamento de Payet teria provocado nela um quadro de dependência emocional, ansiedade e depressão. A promotoria aponta que o atleta utilizou “expressões injuriosas e degradantes”, além de praticar “humilhação, manipulação e ridicularização”, o que agravou o sofrimento psicológico da advogada.
Em depoimento, Payet negou todas as acusações. Por meio de nota, sua defesa declarou ter recebido “com surpresa a reconsideração da promoção de arquivamento” e afirmou confiar plenamente na inocência do ex-jogador.
Payet rescindiu seu contrato com o Vasco da Gama em 9 de junho deste ano. Durante sua passagem pelo clube carioca, entre agosto de 2023 e junho de 2025, o francês disputou 75 partidas, marcou sete gols e contribuiu com 12 assistências.
Próximos passos da investigação
Com a denúncia formalizada, o processo será encaminhado ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O juiz responsável deverá decidir se aceita ou não a acusação do Ministério Público. Caso a denúncia seja aceita, Payet se tornará réu e passará a responder judicialmente pelo crime de violência psicológica, previsto na Lei Maria da Penha.
Na fase seguinte, serão colhidos depoimentos de testemunhas e anexados laudos médicos e psicológicos que atestem o estado emocional da vítima. A advogada Larissa Ferrari já prestou novo depoimento à promotoria, e a expectativa é que novas diligências sejam solicitadas para aprofundar a apuração dos fatos.
O caso segue sob sigilo judicial, e novas atualizações devem ser divulgadas à medida que a Justiça avance com a análise da denúncia.
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