
Uma mulher de Connecticut (EUA) foi presa por supostamente manter seu enteado em cativeiro por mais de 20 anos; vítima pesava cerca de 30 quilos.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma mulher de Connecticut (EUA) foi presa sob acusação de manter seu enteado em cativeiro por mais de 20 anos, desde os 11 anos dele. Durante esse longo período, ele teria sofrido abuso, fome, negligência extrema e maus-tratos, de acordo com as autoridades.
“É inacreditável e incompreensível o que aconteceu aqui. O sofrimento desse jovem ao longo de duas décadas revela a crueldade que pode existir no mundo”, afirmou o prefeito de Waterbury, Paul Pernerewski, em coletiva de imprensa na quinta-feira, 13.
Segundo a polícia de Waterbury, no dia 17 de fevereiro de 2025, os oficiais atenderam a um chamado de incêndio em uma residência. Dentro da casa estavam Kimberly Sullivan, de 56 anos, a proprietária, e um homem de 32 anos, que mais tarde foi identificado como seu enteado.
Kimberly conseguiu escapar ilesa, mas o homem foi retirado pelos bombeiros e levado aos cuidados médicos, devido à inalação de fumaça e exposição ao fogo. Durante o atendimento, ele revelou aos socorristas que tinha ateado fogo no próprio quarto, dizendo: “Eu queria minha liberdade”, e alegou que estava em cativeiro desde a infância.
A partir dessa declaração, a polícia iniciou uma investigação, descobrindo que o homem estava sendo mantido em condições desumanas: alimentado com porções mínimas de comida e água, sem cuidados médicos, e pesando apenas 31 kg aos 32 anos.
Kimberly Sullivan foi identificada como responsável pelos abusos e presa sob várias acusações, incluindo sequestro e crueldade. Ela negou as acusações, alegando que o pai biológico do homem, falecido em 2024, tinha total controle sobre a criação dele.
“Ele não estava trancado nem restrito. Ela forneceu comida e abrigo”, disse o advogado de Sullivan, Ioannis Kaloidis.
Durante a investigação, a polícia encontrou registros de incidentes passados envolvendo a família, mas sem evidências de maus-tratos. Sullivan foi levada à Justiça, com a fiança fixada em $300.000.
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