Medidas incluem restrições de vistos a mais de 250 membros do governo e sanções a entidades nicaraguenses, enquanto Washington busca conter o fluxo migratório através da América Central.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Os Estados Unidos anunciaram na última quarta-feira 15 de maio de 2024, uma série de medidas punitivas contra o governo da Nicarágua, visando mais de 250 membros do governo e três entidades nicaraguenses. Essas ações são uma resposta às “ações repressivas” do regime de Daniel Ortega e Rosario Murillo e à falha em conter o contrabando de migrantes através da América Central.
Altos funcionários da administração Biden informaram à imprensa que as restrições de visto incluem membros da polícia e paramilitares, procuradores, juízes e funcionários de instituições de ensino superior públicas.
Simultaneamente, os Departamentos de Estado, Segurança Interna e Tesouro emitiram um alerta conjunto para notificar companhias aéreas e agentes de viagens sobre como redes de contrabando e tráfico de seres humanos estão explorando serviços de transporte legítimos para facilitar a migração ilegal para os Estados Unidos através da Nicarágua. “As ações do governo da Nicarágua são motivo de grande preocupação. O presidente Daniel Ortega e a vice-presidente Rosario Murillo implementaram políticas de migração permissivas desde a concepção”, declarou o Departamento de Segurança Interna em comunicado.
O governo nicaraguense não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.
Recentemente, um número crescente de migrantes tem escolhido voar para a Nicarágua antes de seguir por terra até a fronteira entre os EUA e o México. Contrabandistas promovem essa rota nas redes sociais, evitando a perigosa travessia pela selva do Darién Gap, na fronteira entre Colômbia e Panamá. Muitos migrantes, anteriormente, começavam suas viagens no Brasil ou em outros países da América do Sul.
A administração do presidente Joe Biden enfrenta um número recorde de travessias de migrantes na fronteira EUA-México. À medida que Biden busca a reeleição em novembro, a imigração se tornou uma preocupação crescente entre os eleitores.
Funcionários do governo Biden anunciaram que sanções seriam impostas contra um centro de treinamento russo operando em Manágua desde outubro de 2017, acusando-o de facilitar comportamentos antidemocráticos e repressivos. Segundo um comunicado de imprensa do Departamento do Tesouro, a Nicarágua é um dos “principais parceiros” da Rússia na América Central. O centro de treinamento oferece tribunais especializados para a Polícia Nacional da Nicarágua (PNN), que, conforme o comunicado, é “um aparato estatal repressivo, que realiza execuções extrajudiciais, usando munição real contra protestos pacíficos e até participando de esquadrões da morte.”
Além disso, o Departamento do Tesouro impôs sanções a duas empresas de ouro afiliadas ao governo. O ouro é o principal produto de exportação da Nicarágua, e o Tesouro afirmou que “esta ação visa degradar a capacidade do regime de Ortega-Murillo de manipular o setor e lucrar”.
As apreensões de migrantes na fronteira EUA-México caíram pela metade entre dezembro e março, em parte devido ao aumento da fiscalização pelas autoridades mexicanas, informou o secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas.
Leia mais
Casal é preso por golpe em doações para vítimas de enchentes no RS
Julgamento de Sergio Moro é suspenso pelo TSE
Tragédia em Indiana: Menino de 10 anos se suicidou após ser vítima de bullying na escola
Biden se equivoca ao afirmar que inflação era de 9% ao assumir a presidência dos EUA
E não demora será contra o Brasil, isso foi só um aviso. Mas tem de começar como fez na Nicarágua, a suspensão dos vistos de juízes, parlamentares, professores q incitam o ódio contra os EUA e vai passear lá, militares etc.