Dívida bruta e déficit nominal atingem novos patamares, desafiando a economia nacional
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O setor público brasileiro enfrenta um desafio sem precedentes, com o déficit nominal atingindo um recorde alarmante de R$ 1,043 trilhão no acumulado de 12 meses até abril, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Este valor representa 9,41% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, evidenciando uma situação econômica extremamente desafiadora.
Uma das principais causas desse aumento no déficit é a crescente despesa com os juros da dívida, que alcançaram o valor recorde de R$ 776,3 bilhões no mesmo período. A manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em níveis elevados pelo Copom, tem contribuído para o encarecimento da dívida pública, agravando ainda mais o déficit nominal.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou as incertezas em relação ao cenário externo e a possibilidade de mudança na meta de inflação, bem como as dúvidas sobre a credibilidade fiscal do país. Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que a meta de inflação é extremamente exigente e critica aqueles que disseminam pessimismo sobre a situação econômica do Brasil.
Além do déficit nominal, a piora no saldo do resultado primário, que exclui o pagamento da dívida pública, também tem contribuído para o aumento do endividamento do governo. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, atingiu 76% do PIB, o maior patamar desde abril de 2022.
Embora o déficit nominal corrigido pela inflação esteja abaixo do pico registrado durante a pandemia de COVID-19, ainda está em um nível preocupante, enquanto o déficit primário alcança seu maior patamar desde julho de 2021.
Diante desse cenário desafiador, medidas urgentes de ajuste fiscal e controle de gastos se tornam imprescindíveis para evitar consequências ainda mais graves para a economia brasileira.
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