Equipe Médica não Consegue Administrar a Pena de Morte a Thomas Eugene Creech
Por Carla Pereira|GNEWSUSA
A execução do assassino em série Thomas Eugene Creech, de 73 anos, foi suspensa no estado de Idaho, nos Estados Unidos, devido à dificuldade da equipe médica em localizar uma veia para a aplicação da injeção letal. Creech, que cumpre pena há 50 anos, é um dos condenados à morte há mais tempo nos presídios americanos, sendo responsabilizado por cinco homicídios em três estados diferentes, com suspeitas de outros assassinatos.
A tentativa de execução ocorreu em uma instituição de segurança máxima em Idaho, onde Creech foi levado para o local designado. No entanto, mesmo após três membros da equipe médica realizarem oito tentativas de inserção do cateter em vasos sanguíneos nos braços, pernas, mãos e pés, a execução foi suspensa após cerca de uma hora. Esta seria a primeira execução no estado em 12 anos.
A equipe de execução, composta por voluntários cujas identidades foram mantidas em sigilo, utilizou máscaras para ocultar seus rostos.
Após o incidente, o diretor do departamento de penas, Josh Tewalt, afirmou que existem outras formas de execução, mas há um artigo da Constituição dos EUA que proíbe penas cruéis ou pouco comuns. Os advogados de Creech entraram na Justiça solicitando a suspensão da execução, alegando a “tentativa terrivelmente malfeita” como prova da “incapacidade do departamento de realizar uma execução humana e constitucional“. O tribunal concedeu a suspensão e o estado precisará obter outro mandado de execução se quiser prosseguir com a pena de morte.
Thomas Eugene Creech passou a maior parte de sua vida detido no estado de Idaho. Ele foi condenado por assassinatos nos estados do Oregon e Califórnia, além de ter sido preso por matar dois pintores de casas que deram carona para ele e sua namorada em Idaho. Em 1981, enquanto já cumpria pena de prisão perpétua, Creech agrediu fatalmente outro detento, resultando em sua condenação à pena de morte.
A dificuldade em encontrar uma veia para a aplicação da injeção letal nesse caso levanta questionamentos sobre os métodos de execução utilizados e a capacidade do sistema penal em realizar execuções humanas e constitucionais.
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