Empresa enfrenta 51 casos de mortes ou ferimentos graves devido à Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (STT).
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Segundo informações divulgadas, famílias do Reino Unido estão entrando com processos contra a AstraZeneca devido a um efeito adverso considerado muito raro associado à vacina da empresa contra a COVID-19. Até o momento, foram relatados 51 casos de mortes ou ferimentos graves causados pela Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (STT).
A AstraZeneca admitiu judicialmente a possibilidade de que o imunizante possa desencadear esse efeito adverso, uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos combinada com baixos níveis de plaquetas no sangue. No entanto, a empresa contesta os casos apresentados no processo, alegando que a STT pode ter outras causas mais prováveis.
As famílias estão buscando indenizações em uma ação coletiva que pode totalizar até 100 milhões de libras (aproximadamente R$ 646 milhões). A AstraZeneca ressaltou que o efeito adverso já era conhecido desde abril de 2021 e que as autoridades reguladoras têm normas rigorosas para garantir a segurança dos pacientes.
“Nossa solidariedade vai para qualquer pessoa que perdeu entes queridos ou relatou problemas de saúde. A segurança dos pacientes é a nossa maior prioridade e as autoridades reguladoras têm normas claras e rigorosas para garantir a utilização segura de todos os medicamentos, incluindo vacina”
No Brasil, a recomendação da vacina produzida pela AstraZeneca foi atualizada em dezembro de 2022, passando a ser indicada para pessoas a partir dos 40 anos de idade, devido à identificação do efeito adverso em faixas etárias anteriores.
O primeiro caso registrado na ação coletiva foi o de Jamie Scott, pai de dois filhos, que desenvolveu uma lesão cerebral permanente após receber a vacina em abril de 2021.
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